
Bungee jumping: conheça a origem desse esporte radical e seus benefícios
O bungee jumping é um dos esportes de aventura que se caracteriza pelo seu contato com a natureza. Assim, é uma prática de salto que resulta em grandes picos de adrenalina e emoção. Dessa forma, conheça a sua origem e veja se você pode se tornar um praticante.
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Você conhece o bungee jumping?
Antes de tudo, ele é um tipo de esporte radical em que a pessoa salta de um lugar alto pendurada apenas por uma corda elástica amarrada na cintura ou nos pés. Dessa forma, o corajoso se joga em queda livre, portanto, é pura adrenalina.
Os principais pontos de saltos são:
- Edifícios;
- Pontes;
- Teleféricos.
No mundo todo, existem locais que favorecem essa prática. Por exemplo, na Nova Zelândia tem-se os despenhadeiros em Queenstown. Além disso, na China, existe a chamada Torre de Macau, que possui 233 metros de altura, a maior em todo o planeta.
O esporte radical no Brasil
Saiba que o bungee jumping no Brasil já é bem comum e aqui se destacam lugares como:
- A Ponte Metálica, na Bahia;
- Parque na Linha Eulália Alta, no Rio Grande do Sul.
Esses são os locais mais famosos do país. Mas, antes de saber se esse esporte radical é para você, conheça a origem curiosa dessa modalidade.
Qual é a história desse esporte radical?
Esse esporte dos corajosos, como é popularmente conhecido, tem atraído cada vez mais adeptos pelo mundo afora. Mas, a origem dessa prática é de milhares de anos atrás em uma pequena ilha do Pacífico Sul.
A história é sobre uma mulher que pulou de um local bem alto. Diz a lenda que ela fugia de seu marido ciumento. Este, por sua vez, ficou surpreso com a atitude da esposa e também saltou atrás dela.
Só que ele não sabia que antes de saltar, a mulher tinha amarrado um cipó na própria perna e a outra extremidade em uma árvore perto dali.
Depois disso, muitos nativos da ilha passaram a praticar o salto, fosse por diversão ou para demonstrar coragem. Dessa maneira, surgiu o que se conhece hoje como bungee jumping.
Como funciona o bungee jumping?
O bungee jumping baseia-se na conversão de energia potencial em energia cinética e de volta em energia elástica, assim, criando a experiência de queda acelerada seguida de um rápido retorno.
Quando o praticante salta, a gravidade puxa seu corpo, aumentando sua velocidade até a corda elástica começar a esticar.
Nesse momento, a energia acumulada na corda desacelera o salto e, em seguida, impulsiona o praticante para cima em um movimento de recoils.
Por exemplo, imagine João saltando de uma ponte de 50 m: ao atingir o ponto de máxima extensão da corda, ele sente repentinamente uma força que o faz subir até quase metade da altura inicial antes de oscilar de novo.
Essa oscilação pode se repetir algumas vezes, proporcionando uma sensação de montanha-russa ao ar livre.
Os equipamentos modernos são calibrados para diferentes massas corporais e condições ambientais, portanto, garantindo que a extensão e a força de retorno sejam seguras e confortáveis.
Além disso, a corda é projetada para alongar progressivamente, reduzindo o choque no ponto de ancoragem.
Antes de saltar, operadores realizam cálculos precisos com base no peso e no local do salto:
- verificam o comprimento ideal da corda;
- avaliam a altura exata da estrutura;
- calculam o grau de elasticidade necessário;
- conferem reservas de segurança no sistema elástico.
Esses passos garantem que cada salto seja técnico e controlado, então, mitigando riscos e maximizando a diversão.
Fundamentos físicos do salto
A ciência por trás do salto envolve três fases principais:
- queda livre até a tensão mínima da corda elástica;
- desaceleração progressiva conforme a corda estica;
- recoils oscilatórios até o equilíbrio gravitacional.
Cada fase depende de fatores como rigidez da corda, massa do praticante e temperatura ambiente, logo, tornando cada salto uma combinação única de física e adrenalina.
Quais as regras e diretrizes de segurança no bungee jumping?
Praticar bungee jumping exige seguir normas rigorosas para minimizar riscos. Organizações internacionais, como a International Bungee Jumping Regulation Body (IBJRB), determinam diretivas de montagem, monitoramento e emergência.
Antes de cada evento, são realizadas inspeções estruturais anuais em pontes e plataformas. Além disso, operadores devem possuir certificação em primeiros socorros e treinamento específico em resgate de quedas.
Em caso de qualquer falha no sistema principal, há protocolos de emergência, por exemplo:
- isolamento imediato da área de salto;
- acionamento de equipe de resgate treinada;
- uso de cordas de backup para estabilização;
- evacuação do participante com avaliação médica.
Procedimentos de emergência
Os operadores seguem um manual que descreve cada cenário de falha possível, com instruções passo a passo para intervenções rápidas. Portanto, esse plano reduz dramaticamente o tempo de resposta e aumenta a segurança geral.
Bungee jumping como esporte: quais as modalidades e competições?
Embora o bungee tenha origem em saltos recreativos, hoje existe como esporte organizado em diversas modalidades. Assim, algumas competições avaliam distância de salto, tempo de oscilação e estilo de execução.
Atletas profissionais praticam variações como reverse bungee (lançamento para cima) e bungee rocket (propulsão assistida). Eventos internacionais, como o World Bungee Games, reúnem competidores para desafios de precisão e acrobacias.
Principais eventos e recordes
No Guinness World Records, o salto mais alto foi registrado na ponte Macau Tower, com 233 m. Já os campeonatos europeus medem a consistência de oscilações ao longo de um tempo pré-definido.
Estrutura de competições
As etapas incluem:
- inscrição e pesagem;
- treino livre com supervisão;
- salto oficial com juízes;
- avaliação de técnica e controle de estabilidade.
Quais os equipamentos essenciais para bungee jumping?
Para praticar bungee jumping com segurança, utiliza-se um conjunto de equipamentos testados e certificados. Cada item possui função específica na proteção e na experiência do salto, garantindo conforto e resistência.
Antes de tudo, a corda elástica de alta tecnologia é o componente-chave. Em seguida, cabe ao arnês corporal (“body harness”) e ao arnês de tornozelo (“ankle harness”) prender o saltador de forma segura.
Para complementar, mosquetões de aço e cadeirinhas de escalada oferecem pontos de ancoragem redundantes.
Veja os principais itens e suas funções:
- corda elástica calibrada para diferentes faixas de peso;
- arnês de corpo integral, distribuindo a força por ombros e quadris;
- arnês de tornozelo, reforçando a conexão entre corda e saltador;
- mosquetões e cadeirinhas certificados, criando sistemas de backup;
- capacete e luvas para conforto e proteção adicional.
Montagem e verificação pré-salto
Antes de cada salto, a equipe realiza uma checagem completa, assim, é preciso:
- inspeciona o estado da corda e dos arnêses;
- revisa as conexões dos mosquetões;
- confirma o peso do saltador;
- valida as condições climáticas e estruturais.
Esse protocolo assegura que todo equipamento funcione dentro dos padrões de segurança internacionais.
Detalhes técnicos da corda elástica
As cordas modernas são confeccionadas com múltiplas camadas de látex e capas trançadas de nylon, conferindo durabilidade e elasticidade controlada. Então, cada unidade passa por testes de carga cíclica antes de entrar em operação.
Quais são as vantagens do bungee jumping?
Esse é um dos esportes radicais para os corajosos, no entanto, não se engane quanto a sua segurança. Isso porque, a prática não coloca a vida do praticante em risco, basta que seja feita com os devidos cuidados.
Acima de tudo, o salto precisa ser acompanhado por um profissional e com os equipamentos corretos. A fim de aproveitar da melhor forma essa experiência em queda livre.
Como é uma modalidade em total contato com a natureza, oferece benefícios como melhora o bem-estar e reduz o estresse, bem como, a ansiedade. Além disso, o saltador não precisa ter um ótimo condicionamento físico para se jogar em total liberdade, basta ter coragem.
O que é necessário para se aventurar nesse esporte radical?
A primeira dica antes de se aventurar no bungee jumping é se alongar. Isso é o mais indicado, a fim de preparar o seu corpo para o salto e reduzir a chance de ter quaisquer dores posteriores.
Investir em equipamentos de qualidade também é muito importante. Acima de tudo, verifique o estado de conservação de cada material. Por fim, o ideal é praticar esse esporte em locais como parques e feiras que tenham uma equipe especializada de prontidão.
Checklist para saltar em queda livre
Os principais itens envolvidos no salto são os seguintes:
- Cadeirinha de alpinismo;
- Safety line;
- Freios de resgate;
- Cabos;
- Mosquetões de aço;
- Ankle harness;
- Cordas para resgate;
- Rádio de comunicação.
As fitas e cordas de resgate fazem parte do processo, então, não se preocupe. Ao pular, o saltador fica alguns segundos em total queda livre. Em seguida, a corda faz a inversão de força e a pessoa vai aos poucos perdendo a velocidade até ficar imóvel.
É nesse momento que acontece o resgate pela equipe presente no local e que tem conhecimento prático sobre o bungee jumping.
Há contraindicações para a prática de bungee jumping?
Mesmo que não gere danos à saúde, esse esporte não é recomendado para algumas pessoas por conta do repuxo da corda durante o salto. Acima de tudo, faça uma consulta médica para confirmar se está apto para essa modalidade.
Veja, então, alguns casos em que essa prática não é a melhor opção:
- Grávidas;
- Pessoas com problemas nas articulações;
- Quem fez cirurgia há pouco tempo;
- Pacientes com problemas de coluna ou de coração;
- Quem está sob efeito de medicação que altere as funções do corpo.
Antes do seu salto em queda livre, não faça refeições pesadas, dê preferência a frutas, por exemplo. Em relação às roupas, use algo confortável como em qualquer outro esporte de aventura. Por fim, se jogue, mas com segurança.
Quais as curiosidades sobre o bungee jumping?
Poucos sabem que o bungee jumping moderno foi inspirado em rituais de coming-of-age das tribos de Pentecost Island, onde jovens pulavam de torres de madeira amarrados por cipós. Então, hoje, essas tradições coexistem com clubes de aventura urbanos.
Ademais, estima-se que, anualmente, mais de 500 000 saltos ocorram em cerca de 50 países, sendo a Nova Zelândia e a África do Sul destinos populares para iniciantes e profissionais.
Fatos surpreendentes
A seguir, veja mais algumas curiosidades sobre o assunto:
- o termo “bungee” vem do inglês britânico arcaico e significa “resorte”;
- há variações de salto noturno, usando luzes LED para criar efeitos visuais;
- cientistas estudam o impacto do bungee na liberação de endorfinas, comparável a corridas de maratona.
Quais os melhores destinos para praticar bungee jumping no mundo?
Alguns locais oferecem cenários únicos e infraestrutura de alto padrão. A Nova Zelândia, berço do turismo de aventura, abriga a ponte Kawarau, marco inicial dos saltos comerciais em 1988.
Na África do Sul, a Bloukrans Bridge, com seus 216 m, desafia até os mais experientes.
Outros pontos famosos incluem:
- Ponte Metálica de Piedade, no Brasil, com panoramas do Rio Doce;
- Ponte de Évora, em Portugal, combinando história e adrenalina;
- Skypark, na Rússia, saltos sobre cânions gelados.
Dicas para escolha do local
Considere fatores como:
- credenciamento da empresa local;
- reputação em segurança;
- condições climáticas sazonais;
- custos e pacotes disponíveis.
Resumo desse artigo sobre bungee jumping
Por fim, confira os principais tópicos do artigo.
- A física do salto envolve conversão de energia potencial em elástica e vice-versa;
- Equipamentos como corda elástica e arnês são essenciais e passam por inspeção rigorosa;
- Regras internacionais garantem segurança e definem protocolos de emergência;
- O esporte evoluiu para modalidades competitivas com eventos e recordes globais;
- Curiosidades históricas e destinos famosos enriquecem a experiência do salto.